Espaço para divulgar ideias sobre a cena cultural brasileira: peças, filmes e eventos culturais em geral. Seja muito bem vindo(a)!
terça-feira, 21 de abril de 2015
O Dançarino do Deserto
Filme lindo! Conta a história de Afshin Ghaffarian, um dançarino Iraniano que enfrentou a proibição da dança em seu país.
Desde a sua infância, ele teve contato com a arte através de um professor que mantinha um grupode estudo das artes em um local distante. Ele sempre gostou de dançar.
Apesar das rígidas leis e perseguições, Afshin cria um grupo clandestino de dança, como lá é proibida apresentação em público, ele prepara uma dança especial para um grupo de 20 pessoas da faculdade; a apresentação é no meio do deserto.
Esse filme serve de inspiração para não desistirmos dos nossos sonhos e sermos gratos pela liberdade de expressão que temos em nosso país.
Você vai se emocionar com essa linda história!
Imperdível!
Elenco: Freida Pinto, Nazanin Boniadi, Tom Cullen (III), Reece Ritchie, Akin Gazi, Marama Corlett, Makram Khoury
Direção: Richard Raymond
Duração: 98 Minutos
Gênero: Drama
Classificação: 12 Anos
*Consulte a programação dos cinemas
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Entrevista com Guilherme Héus - Bill Heigen
Hoje está sendo um dia muito especial para mim, vou divulgar no site a primeira entrevista que fiz com o querido Guilherme Héus. Ele foi super fofo comigo e respondeu todas as perguntas. Obrigada Guilherme!
Está curioso para saber?
Segue abaixo a entrevista.
CC - Conte um pouco da sua história, como começou sua carreira artística?
GH -A mais ou menos uns 20 anos atrás eu estava dentro de uma igreja com a minha avó. Dai eu vi um piano aberto e simplesmente passei o dedo nas teclas só pra ouvir o som. Logo depois minha avó em tom autoritário disse: "Você só encosta nesse piano de novo se for fazer aulas." Então eu fui fazer as aulas de piano e nunca mais parei. Um ano depois eu já ensinava algumas coisas de teclado para uns amigos em casa mesmo. 2 Graduações e 2 Mestrados depois estou eu aqui em outro pais vivendo de musica!
CC - O que a música significa pra você?
GH -- A música é o que faz com que eu acredite que a gente não é só esse corpo, que a gente faz parte de algo muito maior. Como uma sequência de sons e silêncios é capaz de despertar na gente as mais variadas emoções? Isso não faz sentido se analisado racionalmente. Mas como faz e sempre fez todo o sentido pra mim, acredito que a musica e algo maior que nos mesmos. E a prova de que existe muito mais coisa por ai do que a gente consegue entender.
CC - Você estudou com a Doutora Mirna Rubim, como foi essa experiência?
GH - - Mirna é uma pessoa muito generosa em compartilhar o seu conhecimento. Tive sorte de cruzar com o caminho dela, e com certeza ela me fez amar ainda mais a minha arte! Grande amiga e grande alma!
CC - Quais as dificuldades que um músico enfrenta no Brasil?
GH - - TODAS. A música é algo que entretém a todo o tipo de ser humano, e por causa disso muitas pessoas tendem a achar que aqueles que escolheram trabalhar com música só querem se divertir mesmo e levar a vida sem ter que trabalhar, ou que a música é menos importante que outros ofícios mais "sérios". Acho que esse equívoco e a base que sustenta todo o desrespeito e a falta de incentivo com que o musico e tratado no Brasil.
CC - É difícil trabalhar com música?
GH - - Sim. É uma profissão que dificilmente vai te dar um salário fixo, um vale refeição, plano de saúde, férias, estabilidade financeira, enfim. Considerando o fato de que vivemos numa sociedade onde tais coisas são colocadas como essenciais para se ter uma "vida boa", é muito fácil se sentir marginalizado só por ser músico, e dai outros problemas acabam surgindo. Acho que pra ser músico, além de talento, determinação e disciplina, tem que ter bastante CORAGEM também!
CC - Agora você alçou voos maiores, como está sendo trabalhar com música fora do Brasil?
GH - - Está sendo MUITO BOM! Falando baseado na minha experiência como músico voltado para o canto coral (que é e sempre foi mais a minha praia mesmo), os Estados Unidos estão muito mais na frente tanto em produção de repertório como oportunidades de trabalho para cantores, regentes, compositores, enfim. O canto coral aqui, embora talvez não seja o mais bombado do mundo, e MUITO MELHOR tecnicamente do que o que se tem no BRASIL. A diferença não está no talento das pessoas obviamente, mas sim no preparo musical ao qual os americanos tem acesso desde o início da sua vida escolar. Só pra ter uma ideia, durante todo o meu ensino fundamental não existia a aula de música na escola particular onde eu estudava (e olha que nem estou falando do ensino público brasileiro). Se bati um coquinho e cantei o tema de "o sapo não lava o pé..." com a professora desafinada "regendo" foi muito. Já aqui nos Estados Unidos, muitas escolas PUBLICAS fazem montagens completas de musicais da Broadway onde além de cantar em coro, as pessoas cantam solo, interpretam, dançam e por ai vai. Ou seja, por mais talentoso que eu seja, eu não tive a oportunidade de ter o treinamento que muito americano teve. Isso é bem frustrante. Mas, tenho tido sorte de poder cantar em coros profissionais aqui, de ter minhas peças sendo cantadas por coros daqui e de conhecer músicos excelentes!
CC - Que conselho você daria a quem quer seguir os passos da música?
GH - - Cai dentro! Essa vida é muito curta pra você matar os seus sonhos e ter uma vida medíocre preso num trabalho chato de 9 as 5. Se chegar no final da sua vida e você mesmo tentando ser musicista não tiver alcançado aquilo que vc sonhava em alcançar, pode ter certeza que o caminho vai ter valido a pena! O lance é você trilhar o caminho, e não necessariamente ter esse ou aquele resultado! Eu mesmo posso dizer que a minha vida é cheia de música em todos os momentos, e isso já é uma dadiva!
CC - Qual a sua frase favorita?
GH - "Conhece-te a ti mesmo." Tenho isso tatuado na minha perna inclusive!
Para conhecer os trabalhos sensacionais do Guilherme Héus Bill Heigen acesse: https://www.youtube.com/watch?v=5TiQMDTUm_k&index=1&list=LLRMkn-p0fE4ieyNJqfikQvQ
terça-feira, 14 de abril de 2015
Casório
E a chuva de arroz voltou! A peça casório é uma peça divertida que fala sobre o amor, o tempo, a dor.
São quatro mulheres no "Grande dia" cada uma com suas histórias e personalidades, vão falando dos seus medos e das expectativas sobre o futuro ao lado do homem que elas escolheram.
Que tal ouvir essas histórias e participar desse casório?
Autora: Marcélli Oliveira
Direção: Alexandre Contini
Elenco:Julia Fajardo,Marcélli Oliveira, Paula Giffoni, Tammy Di Calafiori e Zeca Richa
Temporada: De 10 de Abril a 03 de Maio
Gênero: Comédia Dramática
Classificação: 18 Anos
Duração: 60 Minutos
Onde: Teatro Café Pequeno
Rua Ataulfo de Paiva, 269 - Leblon
Horário: 20:00
Valor do Ingresso: R$ 40 ( Inteira)
Telefone: ( 21) 2294- 4480
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Mobilização
Ao ler a notícia no jornal eu quase não acreditei. Tive que reler para confirmar. O Centro de Referência do Teatro Infantil, o Teatro do Jockey, palco que recebeu excelentes espetáculos e divulgou a cultura na cidade maravilhosa, vai fechar porque a prefeitura diz que o custo para mantê-lo é alto. E - pasmem - o secretário Marcelo Calero disse: Se for para pagar aluguel, prefiro investir em numa área da cidade onde não há tantos teatros públicos.
É lamentável saber que as autoridades não valorizam a cultura; acham que teatro não é importante para formação da criança e adolescente.
Não podemos nos calar diante desse triste fato.
#VamosReagir #NãoaoFechamento #TeatrodoJockey
A cultura está acima da diferença da condição social. Confúcio
Assinar:
Postagens (Atom)